O Mar Infinito - Rick Yancey





Sinopse: Como livrar a terra de 7 bilhões de humanos? Tire a humanidade deles.
Cassie Sullivan e seus amigos sobreviveram às quatro ondas de destruição provocadas pelos Outros. Agora, com a raça humana quase exterminada e a 5ª Onda encobrindo a Terra, os sobreviventes devem escolher: encarar o inverno e esperar o retorno de Evan Walker ou partir à procura de abrigo antes que o inimigo os alcance. Porque o próximo ataque é mais do que possível – ele é inevitável.
Os homens ainda não viram as profundezas até onde os Outros podem descer nem os Outros viram a que alturas a humanidade pode se erguer. Esta é a derradeira batalha entre vida e morte, esperança e desespero, amor e ódio.


O Mar Infinito é o segundo livro da trilogia. Então, aviso que resenha CONTÉM SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR. (A resenha pode ser lida AQUI)


Quando se olha a morte nos olhos e a morte pisca primeiro, nada parece impossível. 


E está aí uma continuação que não entra naquele ditado de que segundos livros nem sempre são bons. Preciso dizer que o livro é INCRÍVEL!

O livro segue seu enredo com os sobreviventes do Esquadrão 53 depois de fugirem da base militar no final do primeiro livro. Todos eles estão escondidos em um hotel abandonado, esperando por Evan Walker depois do mesmo ter feito uma promessa à Cassie, dizendo que ele sempre a acharia. 
Porém, estar ali não é seguro. Zumbi (Ben), se encontra bem machucado e sair é tão ruim quanto ficar ali. Por isso, temos um começo com a Especialista decidindo vasculhar os arredores e encontrar uma tal caverna segura.


Desejar coisas que perdemos é o mesmo que esperar coisas que nunca poderão acontecer. As duas estradas terminam num desesperador beco sem saída. 


E aí está um ponto bem forte no livro. O mesmo já não possui Cassie como narradora principal e até nem tanto como protagonista. O que foi uma mudança muito boa.
O autor nos deixa muito mais próximos da Especialista dessa vez, apesar de nos mostrar também a visão de Evan Walker que acaba sendo uma peça importante em tudo.
Mas, não paramos apenas neles. A maioria dos personagens nos deixa saber mais sobre si, seu passado e como lidam com o atual presente, o que é um complemento muito bom. 

Eles podem nos matar, até mesmo o último de nós, mas eles não podem matar nunca o que permanecer em nós.


Eu demorei muito para ler esse segundo volume, mas consigo me recordar que A 5 Onda consiste na simples e necessária sobreviência humana. Agora, com poucos humanos vivos, além de tentar sobreviver, o livro foca muito em como os humanos são, o que ainda conseguem preservar, o que sentem, o que dói e o que é importante. É um livro bem mais "psicológico", se formos analisar. 

Não há esperança sem fé, não há fé sem esperança, não há amor sem confiança, não há confiança sem amor. Tire um e todo o castelo de cartas da humanidade desaba.


Cassie se tornou uma personagem bem chatinha, um tanto arrogante e não tão racional. Não a culpo totalmente, acho que em situações extremas todos se abalam. Mas, era evidente que em um grupo como o deles, algumas coisas precisavam ser deixadas de lado para o bem maior.
E reforço que Ben também teve tantos momentos infantis que eu queria chacoalhar cada um deles.


Esse é o custo. Esse é o preço. Prepare-se, porque, quando você arranca a humanidade dos humanos, você fica com humanos sem humanidade. 
Em outras palavras, você recebe o que merece, seu filho da mãe. 


Vamos apenas dizer que a Especialista tem um papel absurdo nesse livro. E, nossa, que papel. 
Desde proteger Teacup, até a fazer escolhas importantes que podem mudar tudo. E mesmo quando muita coisa parece estar perdida, a garota ainda tem um pingo de esperança dentro dela que muda tudo. 
Ah, as reviravoltas! <3


Você só arruma um monte de problemas quando faz com que a sua existência dependa totalmente de outro ser humano. 

Vale notar que o livro é até que bem pequeno, curto. Sem nem chegar a ter 300 páginas, tanta coisa acontece que nos deixa sem fôlego. E não falo sobre ação o tempo inteiro, mas a tensão te faz prender a respiração e o nervosismo é algo que está presente em cada página. 

Para sobreviver, construí muros, uma fortaleza emocional que me protegeu e manteve meu espírito são em um mundo que se tornou perigosamente insano, mas mesmo a pessoa mais aberta possui um lugar secreto e sagrado em que ninguém mais pode entrar.


Caso não tenha lido ainda e visto apenas o filme, recomendo que mude isso e leia. Ainda mais para chegar a essa sequência genial, que devorei em alguns poucos dias.
Agora, me faço uma promessa de não demorar tanto para ler a conclusão, que espero que seja tão ótima quanto essa experiência que tive <3 

Chega de vestir a máscara da coragem, de acreditar em falsas esperanças ou fingir que tudo está bem quando nada está. Eu achava que era forte por fingir, dizia que manter a cabeça erguida ou qualquer outra bobagem que parecia adequada no momento era ser otimista, corajosa. Isso não é ser forte. Isso é ser totalmente fraca. 

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